DEFINIÇÃO

Para Martinho Lutero, lei moral seria o conjunto de leis que falam apenas sobre moralidade, bom e mau, de acordo com as Escrituras. Já a lei cerimonial seria o conjunto de rituais velho-testamentários, como por exemplo o sacrifício dos animais, comidas e bebidas etc.

RELEVÂNCIA DELAS PARA A VIDA CRISTÃ


O entendimento do monge alemão é que ambas são dispensáveis para a salvação, tendo em vista que ele acreditava piamente que as Escrituras nada dizia sobre a salvação ser por meio do livre-arbítrio, algumas passagens que para ele corroboram com esse entendimento estão em Romanos, Gálatas e outros:

Visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado.
Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas;

Romanos 3:20,21

Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las.

Gálatas 3:10


FUNÇÃO DA LEI

Vejamos as palavras dele a respeito da funcionalidade da lei para os crentes e descrentes:

Martinho Lutero escreveu:
A lei não foi dada a fim de mostrar aos homens o que eles podem fazer, mas para corrigir suas ideias do que é o certo e o errado aos olhos de Deus.


CONCLUSÃO

Martinho Lutero discordava que a graça de Cristo foi apenas para nos livrar de ter que cumprir apenas a lei cerimonial para salvação, mas também a lei moral. Logo a salvação se daria por graça, imerecida, sem contrapartida e por meio apenas da fé.

Referência: LUTERO, Martinho, 1483-1546 Nascido Escravo / Martinho Lutero ; preparado por Clifford Pond ; [tradução Editora Fiel] - 2. ed. - São José dos Campos, SP : Fiel, 2007.